Resultados 1º Trimestre 2018 - ABANCA obtém um lucro de 155 milhões com um aumento de 13,4% na margem recorrente
• O ABANCA está no top do setor, por crescimento de ganhos comerciais;
• Resultados líquidos crescem 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado, destacando-se o contributo da atividade recorrente (+14,9% em margem financeira e +9,1% em comissões);
• O ABANCA foi pioneiro na incorporação da gestão de seguros na sua app, a mais utilizada no setor financeiro espanhol;
• O crédito malparado reduziu em 30,3%, situando-se em 4,6%, mantendo uma sólida cobertura de 56,5%;
• O rácio de capital CET1 é de 15,6%, com uma margem de 2.015 M€, o que permite ao ABANCA enfrentar os desafios do setor financeiro;
• O Banco manteve o dinamismo comercial, tendo o volume de negócio superado 66.000M€ com um crescimento de 5,9% na carteira de crédito, de 8,3% em recursos de clientes e de 6,6% na venda de seguros.
• A aquisição do Deutsche Bank Portugal PCC fortalece o modelo de negócio do ABANCA, reforçando a posicionamento na venda de produtos de investimento (fundos, planos de poupança e seguros) e aumentando o seu volume de negócios em 6.500 M€.
09.05.2018 O ABANCA obteve um resultado líquido de 155,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2018, mais 1,5% que no mesmo período do ano anterior. Este resultado foi suportado por um aumento significativo na margem recorrente, que aumentou 13,4% e ganhou peso na demonstração de resultados.
A atividade do Banco nos três primeiros meses do ano traduziu-se em aspetos essenciais para a evolução dos resultados. Entre eles, destacam-se a melhoria de qualidade da carteira, com uma taxa de malparado de 4,6%; o reforço da solvência, com um rácio capital de 15,6% e uma folga de 2.015M€ sobre os requerimentos, e, ainda, o incremento da atividade comercial, com um crescimento da produção de crédito acima da média do setor e um bom desempenho na comercialização de produtos de valor.
Nos primeiros três meses do ano, o ABANCA continuou, igualmente, a aprofundar a aposta no processo de digitalização. A entidade é líder no uso de serviços bancários móveis com uma taxa de utilização de 59%, que é de 18 p.p. acima da média do setor. Neste primeiro trimestre, a gestão de seguros foi incluída na app de mobile banking, um avanço pioneiro no setor.
Esta evolução reflete uma melhoria contínua dos índices de satisfação do cliente. De acordo com a última edição do " Estudio de emociones de clientes particulares en el sector bancario español " da consultora EMO Insights International, o ABANCA é a segunda entidade que mais cresceu em satisfação dos clientes nos últimos três anos.
Contributo da atividade recorrente
A margem financeira cresceu 14,9% graças à melhoria contínua da margem comercial. Essa melhoria é fundamentalmente baseada no segmento de retalho, que representa o centro do negócio da entidade.
As receitas com comissões aumentaram 9,1%, fruto do crescimento da comercialização de fundos, produtos de previdência e capitalização e seguros gerais, cuja contribuição aumentou em 22,3%, tal como o bom desempenho dos serviços bancários que geraram 10,5% de ganhos.
Fruto da gestão diferenciadora do negócio, o ABANCA é líder em Espanha no crescimento das receitas recorrentes, com uma melhoria na margem financeira de 13,4% face ao mesmo período de 2017.
Impulsionando os negócios com clientes
O ABANCA registou um crescimento no volume de negócio entre janeiro e março, totalizando 66.607 milhões de euros, o que confirma o modelo de instituição financeira dirigido para o cliente.
Os empréstimos a clientes cresceram 5,9% para 27.841 milhões de euros. A estrutura da carteira, cada vez mais diversificada, coloca as famílias com 51% do total, e as empresas com 37%, como os principais destinatários do financiamento concedidos pela entidade.
Este crescimento do crédito foi acompanhado por um aumento nos recursos de clientes de 8,3%, graças, principalmente, ao aumento dos saldos à ordem e à contratação de produtos fora do balanço, especialmente fundos de investimento.
Os depósitos, que compõem o núcleo da estrutura de financiamento da entidade, cresceram 6,4% graças, entre outros fatores, ao aumento de 4,6% de novos clientes e à captação de 63.000 novas domiciliações de ordenado.
O ABANCA também obteve um forte crescimento na venda de produtos fora do balanço, cujo portfólio ultrapassa agora 6.300 milhões de euros. A comercialização de fundos de investimento, planos de pensões e seguros de poupança cresceu 19,2% em relação ao ano anterior e permitiu que a entidade aumentasse as suas participações no mercado nacional nos três produtos.
Por outro lado, a nova produção de seguros cresceu 6,6%. Os seguros de empresas cresceram 38%, de saúde 37%, os seguros de vida 9%, e os residenciais 7%.
Entre os melhores na qualidade de ativos
No final de março, o ABANCA registou uma redução interanual de 30,3% no crédito malparado para 4,6%.
O banco, sediado na Galiza, é uma das entidades com melhor qualidade de ativos no setor financeiro espanhol. Com um peso de apenas 2,2%, o ABANCA é a segunda entidade espanhola com o menor peso em NPLs. A proporção dos adjudicados no balanço é de 0,8%, praticamente metade em relação à média do setor.
O rácio de cobertura da morosidade situou-se, a finais de março, em 53,6%, enquanto os ativos adjudicados estão provisionados em 61,1%. Por isso, o rácio de cobertura total de ativos duvidosos e adjudicados situa-se em 56,6%.
Essa combinação de qualidade de carteira e coberturas, aliada a altos níveis de capital, posiciona firmemente o ABANCA face aos desafios enfrentados pelo setor.
Sólida capitalização e liquidez
O ABANCA possui um dos mais altos níveis de capitalização do setor, com um rácio CET1 Phase In de 15,6%, e tem um excesso de capital sobre as exigências do BCE estimado em 2.015 milhões de euros.
O ABANCA continua a reforçar a sua capacidade de gerar capital apesar da entrada em vigor do IFRS 9 (o que implica um impacto de 18 pb no índice CET1), como mostra o aumento de 132 pb no rácio CET1 Fully Loaded em relação a março de 2017.
O ABANCA apresenta ainda um amplo cumprimento dos requisitos de liquidez estabelecidos pelo regulador. O rácio de financiamento líquido estável NSFR é de 130%, enquanto o rácio de cobertura de liquidez LCR é de 269%, níveis acima dos requisitos de Basileia III para 2018. A entidade tem uma posição de liquidez de 10.933 milhões de euros entre os ativos líquidos e a capacidade de emitir títulos, nível que permitiria cobrir mais que o dobro do prazo de vencimento de suas emissões.
O rácio LTD do ABANCA, por sua vez, é de 92,0%, comparado com 110,6% da média do setor, o que reflete a política de prudência e sustentabilidade da entidade. A estrutura de financiamento coloca ênfase nos depósitos de retalho, que correspondem a 75% de todas as suas fontes de financiamento, em detrimento de outras opções.
Outros resultados do trimestre
No primeiro trimestre do ano, o ABANCA fechou o acordo para a aquisição da unidade de banca de particulares de Deutsche Bank Private & Commercial Client (‘PCC’) Portugal. Com esta operação, que faz parte da estratégia de crescimento em mercados e segmentos que complementam o seu projeto, o ABANCA aumentou o negócio internacional e a presença no segmento de banca privada, área em que o Deutsche Bank PCC Portugal é especializado.
A compra do Deutsche Bank Portugal PCC fortalece o modelo de negócio do ABANCA ao reforçar o seu posicionamento na venda de fundos, planos, seguros e produtos de investimento. A rede do ABANCA crescerá para 41 sucursais e um total de 6.500 milhões de euros em volume de negócio.