Resultados Terceiro Trimestre de 2018
ABANCA fatura 398 milhões e aumenta a rentabilidade para 12,6%
ABANCA fatura 398 milhões e aumenta a rentabilidade para 12,6%
• A entidade continua a ser uma das mais rentáveis do setor • As receitas recorrentes aumentam em 10% graças à boa gestão de preços, ao maior dinamismo comercial e a uma maior geração de receitas por prestação de serviços • O volume de negócios cresce 5,1% e aproxima-se dos 70.000 milhões, com aumentos tanto no crédito como nos depósitos • As empresas e os trabalhadores independentes recebem mais de 800 milhões de crédito do que no mesmo período de 2017 • A entidade continua a avançar na melhoria da qualidade dos ativos (-23,5% de saldos duvidosos), reduzindo a taxa de incumprimento para 4,5% e mantendo um forte nível de cobertura • As agências de rating garantem o desempenho da entidade com novas melhorias nas suas classificações • A ABANCA participou, pela primeira vez, nos mercados de capitais europeus com uma emissão bem sucedida de AT1 num montante de 250 milhões • Depois de receber a aprovação da Reserva Federal, a entidade abrirá um escritório em Miami que permitirá diversificar o seu negócio.
30.10.2018 O ABANCA obteve, entre janeiro e setembro de 2018, um resultado líquido de 398 milhões de euros. A entidade registou um crescimento de 10% nas receitas recorrentes (margem básica), que continuam a aumentar a sua contribuição na demonstração de resultados. A rentabilidade do ROE situou-se nos 12,6%, um dos níveis mais elevados do setor. Destaca-se a boa evolução comercial da entidade, cujo volume de negócios com clientes aumentou 5,1% e ficou próximo de 70.000 milhões. Todos os grupos de clientes contribuem para este crescimento, embora se destaque a concessão de crédito a PME e a trabalhadores independentes, que aumentou mais de 800 milhões em relação ao ano anterior. O ABANCA continua a ser uma das melhores entidades do setor em qualidade de ativos, graças à redução constante dos seus ativos duvidosos, produzida pelo décimo nono trimestre consecutivo e posiciona a taxa de incumprimento em 4,5%, mais de 100 pontos básicos abaixo da média do setor.
Entre as entidades mais rentáveis
A demonstração de resultados dos primeiros nove meses do ano reflete a contribuição crescente das receitas recorrentes (margem básica), que cresceram 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem de juros registou um aumento de 12,6% em termos homólogos e atingiu 403,5 milhões de euros, principalmente devido à melhoria da margem comercial, que tem vindo a crescer de forma sustentada, com base na boa gestão de preços e dinamismo comercial. As receitas por prestação de serviços atingiram 130,7 milhões de euros, representando um crescimento anual de 2,9%. Sobressai a contribuição do negócio de produtos de valor acrescentado em comparação com as receitas pelos serviços administrativos.
As despesas de exploração foram influenciadas pelo reforço do investimento em digitalização e pela melhoria das capacidades comerciais, aplicando uma política muito conservadora de reconhecimento das despesas. Além disso, a entidade aumentou significativamente a dotação para atividades de Responsabilidade Social Corporativa, instrumentadas através da Afundación. Por fim, o custo do risco (CoR) registou um decréscimo de 17% anual, graças à redução de ativos duvidosos, o que limita a necessidade de dotações e provisões.
Cresce a produtividade melhorando a eficiência
A entidade continua a aumentar os seus níveis de produtividade graças, entre outros motivos, ao crescente uso dos canais digitais. O peso das transações digitais, que cresceram 24,4% entre setembro de 2017 e o mesmo mês deste ano, é já 54,6% do total. Esse avanço na digitalização possibilitou o crescimento, tanto do volume de negócios por colaborador como de produtividade por colaborador.
Mais volume de negócios
O volume de negócios com clientes teve um aumento anual de 5,1% situando-se em 69.147 milhões de euros. Após um aumento de 4,5% em termos homólogos, o crédito a clientes atingiu os 28,975 milhões de euros. A estrutura da carteira tem como principais protagonistas os particulares, destinatários de 49% do total do crédito, embora as empresas continuem a aumentar o seu peso e sejam já 39%. No sector empresarial, a entidade presta especial atenção às PME e aos trabalhadores independentes. O valor do crédito concedido a esse segmento foi superior a 800 milhões de euros superior ao concedido no mesmo período de 2017. Por outro lado, as famílias registaram crescimentos expressivos nas formalizações de hipotecas de primeira habitação (+ 17,2% anual) e de operações de crédito ao consumo (+ 8,3% anual). Esse forte impulso à concessão de financiamentos ocorreu mantendo o elevado nível de qualidade da nova produção, cuja taxa de incumprimento é inferior a 0,5%, bem abaixo do conjunto da carteira da entidade. O ABANCA permanece entre as melhores entidades do mercado, com um custo de risco de 0,1%.
Avanços nos recursos de clientes e fidelização
Por outro lado, a captação de recursos de clientes partilhou esta tendência ascendente, registando um crescimento anual de 6,4%, atingindo os 39.210 milhões de euros. A entidade presta especial atenção aos depósitos como meio de fidelização do cliente e a principal base de financiamento. Assim, os depósitos estáveis dos clientes cresceram 5,2%, observando-se importantes avanços nas principais métricas de fidelização de clientes: o aumento dos ordenados domiciliados atingiu 4,8%, o número de cartões 16,8% e o dos PDVs 12,3%. Por outro lado, a comercialização de produtos fora do balanço (planos, fundos, seguros de poupança) experienciou um aumento de 12,3%, contribuindo claramente para a melhoria das receitas de serviços. Também se destaca o bom desempenho na venda de seguros gerais, um dos eixos estratégicos do banco. O volume de prémios da nova produção aumentou 4,3% e o número total de apólices formalizadas cresceu 14%. A taxa fixa do ABANCA Seguros, principal produto do banco no segmento dos seguros, gerou 15.522 a mais que no mesmo período do ano anterior. Dentro desta linha de negócio, o ABANCA lançou o 'Jubileu' em outubro, um novo serviço de aconselhamento personalizado destinado a poupanças para a reforma. Com isto, o ABANCA oferece aos seus clientes informações personalizadas sobre as possibilidades de poupança existentes, além de simulações nos diferentes cenários de ordenado, pensão, poupança, rentabilidade, etc. para facilitar a sua tomada de decisão.
Melhorar a qualidade da carteira
O ABANCA detém 19 trimestres consecutivos de queda nos saldos duvidosos, que desceram 23,5% entre setembro de 2017 e setembro de 2018, até a taxa de incumprimento situar-se em 4,5%, claramente abaixo à média do sistema. Esses baixos níveis de ativos não produtivos são complementados por uma elevada taxa de cobertura (57,2%), que, juntamente com altos níveis de capital, coloca o ABANCA como a entidade com o melhor ratio Texas do sistema (40,6%), referenciando, assim, o sólido perfil financeiro da entidade.
Solidez na capitalização e liquidez
A entidade apresenta um amplo cumprimento dos requisitos de liquidez estabelecidos pelo regulador. O rácio de financiamento líquido estável NSFR situa-se em 127%, enquanto o rácio de cobertura de liquidez LCR é de 216%, níveis que demonstram o cumprimento dos requisitos de Basileia III para 2018. O ABANCA possui uma posição de liquidez muito saudável, como mostra o LTD de 91,7%. A posição de liquidez é estimada em 10.646 milhões de euros entre a capacidade de emissão de certificados e ativos líquidos, sendo estes últimos quase o dobro dos vencimentos esperados das emissões. A entidade dispõe de um dos mais altos níveis de capitalização do setor, com um ratio CET1 Phase In de 14,9% e um excesso de capital sobre os requisitos do BCE de 1.882 mil milhões de euros.
Outros marcos do período
Outro marco fundamental do período é a emissão de AT1 por um montante de 250 milhões de euros, tendo o ABANCA inaugurado, em setembro, a sua participação nos mercados europeus de capitais. O sucesso da operação, fechada com um amplo nível de excesso de procura, permite que o ABANCA otimize e fortaleça a sua estrutura de capital. As agências que avaliam o ABANCA continuam a transferir para os seus ratings a boa evolução da entidade. A Standard and Poor's anunciou, em outubro, uma melhoria no rating emissor de longo prazo da entidade, que passou de BB a BB+ com perspetiva estável. Em outubro, a licença obrigatória da FED também foi recebida para que o ABANCA pudesse começar a operar nos Estados Unidos através de um escritório em Miami. Este novo escritório e a integração do negócio do Deutsche Bank’s Private & Commercial Client Portugal são os principais projetos que o ABANCA está atualmente a desenvolver para impulsionar o seu negócio internacional, ampliando, assim, as suas fontes de geração de receitas.