Taxa de Esforço: O que é e qual a sua importância
É um critério utilizado pelos bancos para decidir se concede um crédito ou não. Leia o artigo para saber mais sobre a taxa de esforço.
Sabe a importância da Taxa de Esforço?
Como saber se a prestação de um crédito é adequada às suas possibilidades? Quando pede um empréstimo, o banco tem em conta alguns critérios para decidir se concede o crédito e com que condições. A taxa de esforço é um deles, e representa um dado de importância incontornável para garantir que o pagamento dos empréstimos não interfere com uma gestão financeira equilibrada.
Se este é um tema que lhe interessa, continue a ler para ficar a saber o que é a taxa de esforço, como pode calculá-la, se existe um valor máximo ou ideal e quais as formas de baixar a taxa, caso necessário.
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A taxa de esforço corresponde à percentagem do rendimento do agregado familiar alocada ao pagamento de produtos de crédito. É calculada através da divisão do valor dos encargos financeiros pelo rendimento líquido total do agregado. Este número é multiplicado por 100, resultando num valor percentual.
Para compreender melhor, tenha em consideração o seguinte exemplo prático. Se determinado agregado familiar tem um rendimento de 2.000€ e paga mensalmente uma prestação de 500€, então a taxa de esforço correspondente é de 25% (os 500€ de prestação representam 25% do rendimento total de 2.000€).
É importante ter em consideração que todos os rendimentos do agregado familiar contam para o cálculo da taxa de esforço. Isto inclui todos os trabalhos remunerados, pensões de invalidez ou viuvez, subsídios e abonos de família, rendimentos passivos, e outros, desde que sejam declarados no IRS.
O valor da taxa de esforço é útil não só para o banco compreender qual o peso que a prestação de um empréstimo terá nas finanças do cliente, como também para o próprio avaliar se esta lhe permite gerir as finanças pessoais confortavelmente.
Porque esta taxa representa a percentagem dos rendimentos destinada ao pagamento de prestações de créditos, permite-nos perceber qual o peso que estes pagamentos têm no orçamento familiar. A situação financeira do agregado familiar é equilibrada quando este encargo é suportável, deixando espaço para todas as outras despesas e para algum alívio financeiro.
Então, qual é ataxa de esforço ideal? É aquela que permite a cada indivíduo cumprir os compromissos financeiros, fazer face a imprevistos e construir uma poupança. Por isso, idealmente, a taxa de esforço total dos empréstimos ativos não deve ultrapassar um terço do total de rendimento líquido do agregado familiar, o que corresponde a uma percentagem de 33%. De acordo com o Banco de Portugal, na maioria dos casos, esta taxa não deve nunca exceder os 50%.
Posto isto, quanto mais baixo for este valor, mais equilibrada será a gestão dos recursos financeiros. Existem, no entanto, algumas exceções, uma vez que todos os agregados familiares são diferentes. Uma taxa de esforço de 40%, por exemplo, poderá ser incomportável para uma família com 1.200€ de rendimento, mas sustentável para um agregado com um rendimento total de 5.000€.
Assim, para descobrir a taxa de esforço adequada a cada caso concreto, é necessário pesar todas as características do agregado, e deixar margem para possíveis oscilações, como, por exemplo, de situações de desemprego ou de subida da Euribor, em caso de empréstimos com taxa de juro variável.
Caso a sua taxa de esforço seja mais elevada do que deseja, existem algumas formas de tentar ajustá-la para um valor mais confortável.
Pode, por exemplo, tentar renegociar o seu crédito junto do banco, baixando o spread ou prolongando o prazo, procurar transferi-lo para uma instituição que ofereça melhores condições de financiamento ou mesmo amortizar parte da dívida.
Outra opção útil poderá ser fazer a consolidação dos vários créditos ativos numa única instituição credora. Caso tenha vários empréstimos para pagar, é possível agregar as várias mensalidades, conseguindo melhores condições e uma poupança significativa na mensalidade.
Esta é uma solução prática para gerir as dívidas e equilibrar o orçamento familiar, pois permite conseguir uma única prestação mensal com um prazo mais alargado e, eventualmente, uma taxa de juro mais favorável.