Candidatura ao Ensino Superior: o que deve saber
Vai candidatar-se à universidade? Saiba como funcionam as candidaturas ao ensino superior, os prazos, documentos necessários e condições para bolsas de estudo.
Está a pensar candidatar-se ao ensino superior e ingressar numa universidade?
Neste guia completo explicamos-lhe, de forma clara, tudo o que precisa de saber sobre o processo de candidatura ao ensino superior em Portugal.
Desde os prazos e fases de candidatura, até à documentação necessária, regras de acesso, matrícula, bolsas de estudo e ainda dicas para escolher o curso certo, reunimos toda a informação essencial para o ajudar a dar este passo.
Como funcionam as candidaturas ao ensino superior
O processo de acesso ao ensino superior em Portugal é centralizado e gerido pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES)Você será redirecionado para outro site e ele abrirá em uma nova janela. A candidatura é feita online, através do portal da DGES, onde os estudantes indicam as suas preferências por cursos e instituições.
Cada candidato pode indicar até seis opções de pares instituição/curso, ou seja, combinações específicas entre um curso e a universidade ou politécnico onde pretende estudar. Essas opções devem ser organizadas por ordem da verdadeira preferência, pois o sistema de colocação atribui sempre a primeira vaga disponível de acordo com essa hierarquia.
A colocação depende de três fatores principais: a nota de candidatura (calculada a partir da média do ensino secundário e dos exames nacionais exigidos), o número de vagas abertas em cada instituição e a concorrência dos restantes candidatos. Importa ainda sublinhar que, se o estudante for colocado numa determinada opção, deixa automaticamente de poder ser admitido em todas as opções indicadas abaixo dessa escolha.
Por isso, é importante selecionar os cursos de forma estratégica, equilibrando opções mais ambiciosas, em universidades muito procuradas, com outras em que a probabilidade de colocação seja maior.
Além disso, é importante lembrar que, ao fazer a sua candidatura ao ensino superior, não deve indicar ou concorrer a cursos que não esteja realmente interessado em frequentar, pois a aceitação de uma vaga implica o compromisso de matrícula e pode ocupar o lugar de outro candidato.
Calendário Oficial: Candidatura ensino superior 2025
O Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior decorre habitualmente em três fases, com datas já definidas pela DGESVocê será redirecionado para outro site e ele abrirá em uma nova janela.
As datas das candidaturas ao ensino superior 2025, nomeadamente para ingresso em licenciaturas são as seguintes:
1.ª fase: de 21 de julho a 4 de agosto de 2025 (para candidatos emigrantes, lusodescendentes e com pedidos de substituição de provas por exames estrangeiros, o prazo é mais curto: 21 a 28 de julho).
● Resultados: 24 de agosto de 2025. ● Matrículas: de 25 a 28 de agosto de 2025.
2.ª fase:de 25 de agosto a 3 de setembro de 2025.
● Resultados: 14 de setembro de 2025.
● Matrículas: de 15 a 17 de setembro de 2025.
3.ª fase:de 23 a 25 de setembro de 2025.
● Resultados: 1 de outubro de 2025.
● Matrículas: de 1 a 3 de outubro de 2025.
E no caso dos mestrados e doutoramentos?
Ao contrário das licenciaturas e mestrados integrados, cujas candidaturas seguem o calendário nacional definido pela DGES, os mestrados (2.º ciclo) e os doutoramentos (3.º ciclo) têm regras diferentes.
Nestes casos, cada universidade ou politécnico define os seus prazos, critérios de seleção e documentos exigidos. É comum existirem três fases de candidatura ao longo do ano letivo, normalmente entre março, setembro e outubro. No entanto, as datas podem variar bastante de instituição para instituição, sendo que a abertura de novas fases depende também do número de vagas disponíveis e do total de candidatos a cada mestrado ou doutoramento.
Assim, se pretende candidatar-se a um mestrado ou doutoramento, deve consultar diretamente o site da instituição de ensino superior que oferece o curso pretendido, para confirmar os prazos e requisitos específicos.
As notas dos exames nacionais contam para entrar na Universidade?
Sim. Nas universidades em Portugal, os exames nacionais desempenham um papel fundamental na candidatura, uma vez que servem como provas de ingresso e influenciam diretamente a nota de candidatura.
Cada curso define quais os exames exigidos e o peso que estes têm no cálculo final, em conjunto com a média do ensino secundário. Regra geral, a média do secundário vale entre 50% e 65% da nota final, enquanto os exames nacionais representam entre 35% e 50%, conforme o curso e a instituição de ensino superior.
Qual é a nota mínima para candidatura?
A nota mínima de candidatura é, regra geral, 9,5 pontos numa escala de 0 a 20 em cada exame nacional exigido. No entanto, cada instituição pode definir médias mínimas específicas para determinados cursos.
Documentos obrigatórios para a candidatura à universidade
Para realizar a candidatura ao ensino superior, os estudantes devem possuir os seguintes documentos válidos:
● Ficha ENES 2025, emitida pela escola secundária (contém a classificação final do secundário e os resultados dos exames nacionais).
● Cartão de Cidadão (ou Bilhete de Identidade + Cartão de Contribuinte, se aplicável).
● Número de Identificação Fiscal(NIF).
● Senha de acesso à candidatura online, pedida previamente no portal da DGES e validada na escola.
● Comprovativos de pré-requisitos, se o curso escolhido os exigir (ex.: testes médicos, provas físicas ou artísticas, entregues através da Ficha de Pré-requisitos). É mais comum haver pré-requisitos em mestrados ou em licenciaturas muito específicas.
Como fazer a candidatura ao ensino superior passo a passo
1. Pedir a senha de acesso
● O primeiro passo é solicitar a senha de acesso à candidatura online no portal da DGESVocê será redirecionado para outro site e ele abrirá em uma nova janela.
● Este pedido deve ser validado na escola secundária do candidato. A senha é pessoal e intransmissível, sendo essencial para aceder ao sistema de candidatura.
● Para aceder ao formulário, o candidato deve fazer o pedido de senha à candidatura online na página de internet da DGESVocê será redirecionado para outro site e ele abrirá em uma nova janela, a validação do pedido deve também ser feita junto da própria DGES, através do e-mail acesso@dges.gov.pt.Ele abrirá em uma nova janela
● Mesmo que o estudante tenha feito o pedido de senha com validação na sua escola secundária, é obrigatória esta validação adicional da DGES para aceder ao formulário da submissão de documentos.
2. Reunir a documentação necessária
● Tenha consigo a Ficha ENES 2025, o Cartão de Cidadão, o NIF e, se aplicável, os comprovativos de pré-requisitos.
● Sem a Ficha ENES não é possível submeter a candidatura.
3. Aceder ao sistema de candidatura online
● Durante o período definido no calendário oficial da DGESVocê será redirecionado para outro site e ele abrirá em uma nova janela , o candidato deve entrar na plataforma de candidatura e autenticar-se com a senha atribuída.
4. Preencher as opções de cursos e instituições
● É possível escolher até seis pares instituição/curso, que devem ser ordenados por ordem de preferência real.
● O sistema considera sempre a ordem indicada: se o candidato entrar numa das opções, deixa de poder ser colocado nas opções abaixo.
5. Verificar os requisitos de cada curso
● Antes de submeter, confirme se os exames nacionais escolhidos são aceites como provas de ingresso para os cursos selecionados.
● Certifique-se também de que cumpre as notas mínimas exigidas (quer nos exames, quer na nota de candidatura).
6. Submeter a candidatura
● Depois de validar todos os dados, clique em “submeter candidatura”.
● O sistema gera automaticamente um relatório/comprovativo da candidatura, que deve ser guardado, pois servirá de prova em caso de necessidade de esclarecimentos.
7. Acompanhar os resultados
● Os resultados de cada fase são publicados no portal da DGES, dentro do calendário oficial. Caso não fique colocado, pode concorrer novamente na fase seguinte.
Siga todos estes passos com atenção para se candidatar ao ensino superior de forma correta e sem preocupações.
Resultados da primeira fase de candidaturas: como é feita a seleção de candidatos
A colocação na primeira fase baseia-se na ordem de preferências indicada pelo estudante, conjugada com a sua nota de candidatura e a lista de vagas disponíveis de cada curso.
Caso um candidato consiga vaga na sua primeira opção, não poderá concorrer novamente nessa fase. Se for colocado numa opção menos preferida, pode tentar melhorar a colocação na segunda fase.
O processo de seleção funciona da seguinte forma:
● O sistema começa sempre pela primeira opção de cada candidato.
● Se a nota de candidatura do estudante for suficiente para entrar no curso (tendo em conta o limite de vagas e a classificação dos restantes concorrentes), o candidato é colocado nessa opção e deixa automaticamente de ser considerado nas restantes.
● Se não conseguir vaga na sua primeira opção, o sistema passa à segunda, e assim sucessivamente, até encontrar a primeira opção em que a nota permita colocação.
Importa ainda sublinhar que:
● Quem entra na sua primeira opção já não pode concorrer na 2.ª fase.
● Quem entra numa opção abaixo da primeira pode, se quiser, voltar a candidatar-se na 2.ª fase para tentar melhorar a colocação.
● Quem não for colocado em nenhuma das seis opções também pode concorrer à fase seguinte.
Se não entrar à primeira? Qual a probabilidade que tenho de entrar na segunda fase
A segunda fase decandidaturas ao ensino superior representa uma nova oportunidade para os estudantes que não ficaram colocados na primeira fase, bem como para aqueles que, tendo obtido vaga, pretendem tentar outro curso, desde que desistam previamente do lugar já conseguido. Nesta fase podem ainda concorrer novos candidatos que não participaram na primeira.
A probabilidade de entrada depende sobretudo do número de vagas sobrantes e da nota de candidatura de cada estudante. Em cursos muito procurados, as vagas disponíveis são normalmente escassas e a exigência de notas mantém-se elevada. Já em cursos com menor procura, é comum existirem mais lugares, o que pode aumentar as hipóteses de colocação.
Importa ainda referir que existe uma terceira fase, que decorre normalmente no final de setembro ou início de outubro, mas com vagas muito limitadas. Esta fase destina-se essencialmente a preencher os últimos lugares ainda disponíveis.
Paralelamente ao concurso nacional, existem também concursos especiais para situações específicas, como estudantes internacionais, maiores de 23 anos, titulares de cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP) ou de outros graus académicos. Nestes casos, cada instituição de ensino superior define os critérios de seleção e os prazos de candidatura.
Como solicitar Bolsa DGES 2025 e requisitos
O apoio aos estudantes universitários é disponibilizado, em grande parte, por bolsas de estudo atribuídas pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES). A candidatura é feita exclusivamente online, através da plataforma da DGESVocê será redirecionado para outro site e ele abrirá em uma nova janela, e deve ser submetida após a inscrição do estudante no curso.
Para ter direito à Bolsa DGES, o rendimento per capita do agregado familiar não pode ultrapassar 16 vezes o valor do IAS (Indexante dos Apoios Sociais), que em 2025 corresponde a cerca de 8.600 € anuais por pessoa do agregado. Além disso, a bolsa pode variar em função da distância entre a residência e a instituição de ensino, das despesas com alojamento e de outras condições socioeconómicas específicas.
Caso pretenda candidatar-se a uma bolsa DGES, deve ter em atenção que o pedido para solicitar este apoio financeiro tem de ser submetido dentro do prazo definido pela própria Direção-Geral do Ensino Superior para o efeito.
● Período principal de candidatura à bolsa DGES: de 25 de junho a 30 de setembro.
● Em caso de matrícula após 30 de setembro: há um prazo de 20 dias úteis após a inscrição para submeter o pedido, mesmo se esse prazo ultrapassar 30 de setembro.
● Em situações especiais (por exemplo, início de estágio profissional): também se aplicam os 20 dias úteis posteriores à emissão do comprovativo de estágio.
● Após 1 de outubro até 31 de maio: ainda é possível candidatar-se, mas o valor da bolsa será proporcional ao período restante do ano letivo ou estágio
Documentos necessários para a candidatura à bolsa DGES
Na candidatura à bolsa de estudo da DGES, são normalmente é exigida a seguinte documentação:
● Declaração de rendimentos do agregado familiar (IRS), referente ao último ano fiscal.
● Declaração da Segurança Social, quando aplicável (por exemplo, para comprovar subsídios ou prestações sociais recebidas).
● IBAN em nome do estudante, para efeitos de pagamento.
● Comprovativos de despesas específicas, como rendas de casa em caso de deslocação, ou recibos de despesas de saúde e educação, quando solicitado.
● Documento de identificação (Cartão de Cidadão ou equivalente).
A candidatura é analisada pela DGES, que cruza e analisa os rendimentos declarados com os dados das Finanças e da Segurança Social.
Só após essa verificação é atribuído o valor final da bolsa, que pode incluir ainda apoios complementares, como subsídios de transporte ou alojamento, consoante a situação financeira do estudante.
Qual é o valor da bolsa de estudos DGES e quando se sabe os resultados?
O valor da Bolsa DGES é relativo, varia consoante a situação económica do agregado familiar e pode ir desde o valor parcial até à cobertura integral da propina anual, acrescida de apoio para alojamento, transporte e alimentação.
Os resultados da atribuição das bolsas são normalmente divulgados algumas semanas após a candidatura, sendo comunicados diretamente na plataforma da DGES.
Agora que sabe todas as condições de acesso ao ensino superior, datas de candidaturas, bolsas de estudo para apoio a estudantes universitários, está mais preparado para realizar a sua candidatura à universidade sem receios.
Se achou este guia útil, compartilhe com alguém que esteja a pensar em se candidatar ao ensino superior e começar uma vida acadêmica. Conheça também o Crédito Educação do ABANCA , que certamente o vai ajudar nos seus estudos.