Resultados 2018 - ABANCA ganha 430 milhões e situa a sua rentabilidade em 11,4%
• O banco reafirma a sua posição como um dos mais rentáveis do setor financeiro espanhol, mantendo a sua rentabilidade, pelo quinto ano consecutivo, em torno dos 10%
• ABANCA soma 41 novos balcões em Portugal aos quatro que já tinha, depois da compra do DB PCC Portugal
• As receitas recorrentes aumentam 9,5% e mantém-se como principal componente da rentabilidade.
• O volume de negócios com clientes situa-se em 82.713 milhões, devido quer ao crescimento orgânico quer às aquisições do Deutsche Bank PCC Portugal e Banco Caixa Geral España
• Destaca-se a solidez comercial quer ao nível do negócio bancário quer dos seguros, segmento no qual foram captados 80.000 novos clientes
• Prossegue a otimização da qualidade do ativo: os saldos de cobrança duvidosa descem 29%, a morosidade desce até 3,6% e a taxa de cobertura sobe para 58,5%
• Após a colocação com êxito de duas emissões, o rácio de capital atinge os 17% reforçando o posicionamento da entidade perante os desafios do setor
• As agências de notação apoiaram a evolução do ABANCA com oito notações de rating positivas ao longo do ano
29.01.2019 O ABANCA registou em 2018 o melhor exercício da sua trajetória em termos económicos ao fechar o ano com um lucro líquido de 430 milhões de euros, mais 17,3% do que em 2017. A rentabilidade ROTE situou-se nos 11,4%, o que reafirma o posicionamento do banco entre as entidades financeiras espanholas mais rentáveis. A sua capacidade de gerar resultados advém fundamentalmente das receitas recorrentes (margem base), que cresceram 9,5% em consequência das entradas quer por via dos juros quer de receitas dos serviços.
Em março o ABANCA venceu o processo formal de venda da unidade de banca para particulares do Deutsche Bank’s Private & Commercial Client (‘PCC’) Portugal. Com esta operação, o ABANCA soma 41 novos balcões em Portugal aos 4 que tinha atualmente e aumenta o seu negócio internacional ganhando presença no segmento de banca pessoal e privada, área na qual o Deutsche Bank PCC Portugal está especializado.
O ABANCA destacou em 2018 a sua solidez comercial no negócio bancário e de seguros. O volume de negócios com clientes cresceu até aos 69.213 milhões de euros, sem ter em conta operações societárias, ou seja mais 5,6%. O banco reforçou a sua base de clientes com um aumento de 12% dos vencimentos domiciliados, enquanto que o número de clientes com novos seguros aumentou 13%. Este crescimento ocorreu em paralelo com uma significativa melhoria da qualidade dos ativos. Os saldos de cobrança duvidosa foram reduzidos em 29% e a taxa de morosidade situou-se nos 3,6%, claramente abaixo da média do setor em Espanha e em linha com a registada pelos bancos europeus.
Rentabilidade baseada em receitas recorrentes e capacidade tecnológica
O resultado obtido pelo banco em 2018 traduz-se num rácio de rentabilidade ROTE de 11,4%. As receitas recorrentes (margem base) reforçaram o seu peso crescente na conta de resultados, ao aumentar 9,5% no exercício e atingir os 720,9 milhões de euros.
A margem de juros aumentou 11,5%. Três quartos deste aumento correspondem à atividade de retalho, cujo contributo cresce de forma sustentada atendendo à boa gestão de preços e ao dinamismo comercial.
As receitas oriundas dos serviços revelaram a mesma tendência positiva, com um crescimento de 3,8% até aos 176,2 milhões de euros. Dentro desta linha destaca-se o contributo do negócio de produtos de valor acrescentado (seguros, planos de pensões e fundos de investimento), que cresceu cerca de 9,7%
Os investimentos na área digital e da tecnologia estão a ser um pilar destacado na crescente geração de receitas recorrentes. O intenso programa de investimento em competências comerciais, otimização de processos e canais de venda permite aumentos significativos na produtividade dos gestores comerciais, mantendo a estabilidade das despesas de gestão administrativa.
A digitalização impulsiona igualmente as competências do serviço prestado ao cliente, que dispõe de múltiplos canais de acesso ao banco. O canal digital é o que regista maior crescimento protagonizando já 56,5% das transações totais, após um crescimento de 18,7% em 2018.
Por último, o custo do risco (CoR) registou uma descida de 10,3% interanual graças à redução dos ativos duvidosos, o que limita a necessidade de dotações e provisões.
Crescimento do volume de negócios
O volume de negócios com clientes registou em 2018 um aumento de 5,6% e ficou situado em 69.213 milhões de euros, com aumentos equilibrados quer do crédito quer dos depósitos. A próxima integração do Deutsche Bank Portugal e do Banco Caixa Geral España permitirá aumentar o volume de negócios até cerca de 82.700 milhões de euros.
O crédito a clientes aumentou 6,2% até um nível de 29.286 milhões de euros. Especialmente ativa foi a atividade com as PMEs e trabalhadores independentes, que receberam em 2018 um total de 2.076 milhões de euros em novas formalizações de crédito, mais 950 milhões de euros do que em 2017. Cabe igualmente destacar o crescimento da formalização de hipotecas da primeira habitação, em cerca de 11,3% enquanto que as operações de crédito ao consumo registaram um aumento de 15,2%.
A carteira do ABANCA caracteriza-se pela sua estrutura diversificada, na qual os particulares, com 48% do total, e as empresas com 40%, são os principais destinatários do investimento de crédito do banco.
De acordo com o princípio da máxima prudência seguido pelo banco na gestão da sua atividade, o crescimento do negócio foi compatível com a manutenção de uma elevada qualidade da nova produção, cuja taxa de morosidade se situa nos 0,5%.
Mais captação e fidelização
O ABANCA presta especial atenção aos depósitos como fórmula de relação com o cliente. Assim, em 2018 os recursos externos registaram um crescimento de 5,9% que permitiu ao ABANCA atingir os 39.051 milhões de euros. O aumento da base de clientes e o reforço da sua fidelização são objetivos essenciais do esforço comercial do banco. Em 2018 o ABANCA aumentou em 12,3% a domiciliação de vencimentos.
A estrutura de recursos de clientes é sustentada sobretudo pelos depósitos de pequenos depositantes, em especial pelos saldos das contas à ordem. Os fundos de investimento, planos de pensões e seguros de poupança representam por seu turno 16% do total e constituem uma importante alavanca para a criação diversificada de receitas.
O negócio dos seguros, no seu conjunto, consolida-se com um segmento de elevada rentabilidade com um ROE de 20%. O maior dinamismo comercial, somado à aposta na inovação, com produtos diferenciados e novas soluções, permitiu ao banco captar 81.300 novos clientes de seguros e aumentar em 18% o número de clientes que contam com mais de cinco apólices incluídas no produto "Tarifa Plana".
Também se destacou o bom comportamento dos seguros para empresas, com um crescimento de 32% e dos seguros de vida, com um crescimento de 18%.
Otimização da qualidade da carteira
Paralelamente ao crescimento do seu volume de negócios, o ABANCA continua a avançar no processo de otimização da qualidade da sua carteira. O banco registou em 2018 uma descida de 29% dos saldos de cobrança duvidosa e acumula já 20 trimestres consecutivos de redução. A taxa de morosidade ficou situada perto dos 3,6%, muito abaixo da média em Espanha e em linha com a média europeia.
O ABANCA encontra-se entre os melhores bancos do setor financeiro espanhol por qualidade dos ativos. A sua carteira de créditos de cobrança duvidosa é a mais reduzida do setor e o peso dos ativos executados mantém-se muito abaixo da média (0,7% face a 1,1%). Desta forma, o banco posiciona-se como o segundo com menor peso dos créditos de cobrança duvidosa e de ativos executados no seu balanço (1,6%). É, além disso, o primeiro banco por cobertura de ativos improdutivos, com uma taxa de cobertura total de 58,5%. A redução de ativos improdutivos aliados aos elevados níveis de cobertura e de capital situam o ABANCA como sendo o banco com menor rácio Texas do sistema (36,2%).
Liquidez e capitalização
O banco conta com um nível de capitalização muito sólido. Recentemente, efetuou duas emissões de instrumentos elegíveis como capital, que lhe permitem aumentar o seu rácio de capital para 17%. (14,8% CET1 em dezembro). O mercado acolheu favoravelmente o banco galego. Ambas as emissões foram colocadas em poucas horas com uma base de investimentos muito diversificada e com níveis de procura próximos do dobro do objetivo de colocação.
Em termos de liquidez, o ABANCA mantém uma estrutura de financiamento muito saudável baseada em depósitos de pequenos depositantes. O seu rácio de créditos sobre depósitos é de 92% face a uma média do setor de 104%
O banco dispõe de uma liquidez de 11.364 milhões de euros entre a capacidade de emissão de cédulas hipotecárias e ativos líquidos, permitindo que estes últimos cubram mais do dobro dos vencimentos previstos para as emissões. Por outro lado, o rácio de financiamento líquido estável NSFR situou-se em 127% e o rácio de cobertura de liquidez LCR em 191% cumprindo os requisitos regulatórios.
Operações societárias
Em complemento ao seu crescimento orgânico, o ABANCA desenvolveu em 2018 diferentes ações direcionadas para a entrada em novos mercados ou para potenciar a sua presença naqueles em que já opera.
Além do DB PCC Portugal e também através de um processo formal de venda, ocorreu em novembro a compra do Banco Caixa Geral, o banco com licença espanhola através do qual opera o Grupo Caixa Geral de Depósitos em Espanha. O negócio adquirido está especialmente vocacionado para os segmentos de banca para particulares, privada, pessoal e empresas. Com a integração dos 110 balcões incluídos na operação, o ABANCA reforçará a sua rede nacional e reafirmará o seu caráter ibérico.
Após a integração dos ativos adquiridos através destas duas compras, o ABANCA aumentará o seu volume de negócios em 13.500 milhões de euros. Por outro lado, em dezembro o ABANCA abriu o seu novo balcão em Miami, através do qual entra no mercado financeiro dos Estados Unidos e eleva para 11 o número de países da Europa e da América Latina nos quais opera.
Outros marcos do período
A evolução registada pelo ABANCA nos últimos exercícios está a ser reconhecida pelas diferentes agências de notação, que emitiram oito notações de rating positivas em 2018. A última das quais data de outubro, em que a Standard and Poor´s anunciou uma subida do rating de emitente de longo prazo do ABANCA, que passou de BB para BB+ com perspetiva estável.
Outro marco fundamental do exercício foi a emissão de AT1 pelo montante de 250 milhões de euros, com a qual o ABANCA inaugurou em setembro a sua participação nos mercados europeus de capitais. O êxito da operação, fechada em menos de quatro horas com uma procura muito superior à oferta, permitiu ao ABANCA otimizar e reforçar a sua estrutura de capital. Esta emissão teve continuidade, já no presente exercício, com outra dívida subordinada Tier2 pelo montante de 350 milhões de euros. Com esta emissão, também ela com procura superior à oferta e fechada em poucas horas, o ABANCA inaugurou o mercado europeu de emissões deste tipo de dívida em 2019, feito alcançado pela primeira vez por um banco da sua dimensão.
Compromisso social através da Obra Social ABANCA
Em 2019 o ABANCA entregará 3% dos seus lucros à Afundación, com vista a desenvolvimento de ações sociais, educativas e culturais. Graças a este quadro estável de colaboração, 1.170.000 galegos beneficiaram do programa de atividades de envelhecimento ativo, educação e cultura da Afundación em 2018. Com este contributo, o banco terá destinado no final de 2019 mais de 40 milhões de euros para investimento social desde 2014.
Ao longo do ano de 2018, o ABANCA e a sua Obra Social impulsionaram múltiplas iniciativas destinadas ao progresso social, de entre as quais se destacam as de âmbito educativo. O Programa de Educação Financeira desenvolvido pelo banco desde 2015, contribuiu em 2018 para melhorar a cultura financeira de 22.147 pessoas, muitas das quais alunos e jovens estudantes do ensino secundário. São precisamente estes os destinatários das novas ações que foram iniciadas no programa do ano passado: Certamente que o banco ABANCA e o programa ABANCA Young Business Talents, que procuram respetivamente dar a conhecer aos estudantes o que é e para que serve um seguro e despertar o interesse dos jovens pela gestão empresarial e pelo empreendedorismo. Também no âmbito da formação se enquadra a aposta na IESIDE, uma instituição de ensino em cujas aulas se formaram no ano passado 6.279 alunos e alunas.
Outra linha de atuação estratégica é a promoção do desporto como elemento fundamental do desenvolvimento da pessoa. Através do Programa "ABANCA Deporte Base", o banco apoia anualmente mais de 14.611 atletas de 1.325 clubes de 25 modalidades desportivas diferentes, muitos deles das camadas jovens dos clubes que adquirem o hábito saudável de praticar exercício físico ao mesmo tempo que se aproximam dos valores intrínsecos da prática desportiva.
No âmbito do compromisso com a melhoria do meio ambiente, em 2018 terminou a campanha de reflorestação "Unha nova árbore" com a plantação de 6.965 árvores nas zonas da Galiza que tinham sido especialmente afetadas pela onda de incêndios de outubro de 2017. Nestas atividades de recuperação do meio ambiente participaram 862 profissionais que fazem parte do programa de voluntariado do banco.
A promoção da cultura é outro dos eixos fundamentais de atuação do banco no âmbito de uma responsabilidade social corporativa, na qual ocupa um lugar de destaque a Coleção de arte do ABANCA, com propostas de exposição que visam aproximar este valioso património artístico a toda a sociedade, como a exposição "Dalí e o surrealismo na Coleção ABANCA, que pode ser vista entre 6 de novembro e 27 de janeiro no Museu Nacional Thyssen-Bornemisza e que atraiu mais de 45.711 visitantes, bem como 27 outras exposições na Galiza e em León com obras das coleções de arte do banco e da Afundación.
O trabalho social desenvolvido pelo ABANCA e pela sua Obra Social foi reconhecido no ano passado com a atribuição de quatro galardões nos "Premios a la Obra Social y la Educación Financiera" que são atribuídos pela revista "Actualidad Económica" e pela "Confederación Española de Cajas de Ahorro" (CECA), convertendo a Obra Social do ABANCA na mais premiada de entre os bancos e fundações espanholas.